consegui mais uma vez,conter a explosão.

mas ficam algumas pequenas duvidas[como aquele restinho no fundo da panela que grudam nas bordas,queimando e borbulhando].e se misturam com um pouco de receio tingido. eu gastei quase todas as minhas forças dessa vez. juro. pisei no meu orgulho com os dois pés,e segurei firme a tampa da minha paciência. confesso que me surpreendi comigo mesma,eu nunca imaginei que poderia. percebi que sou fraca. sim,apesar do meu esforço, creio que teria que me esforçar muito mais pra conviver com a destruição que a minha explosão causaria. na verdade, eu não sobreviveria. mas enfim, eu implodi. eu me segurei forte e deixei doer por dentro. ainda dói apesar de tudo, mas cicatriza com o tempo. você sabe,feridas não curam instantaneamente,então eu peço que não me culpe por isso. e eu vou deixar um curativo tapando ela,e vou deixar ali,quietinha. mas os pequenos fragmentos de duvida ainda arranham por dentro.


é o medo de cutucar a ferida denovo.
medo de acordar o vulcão adormecido, e dessa vez, não mais implodir..