as pessoas simplesmente não amam,

porque amar dói.
perder o que se ama dói.

e continuar,
ah,esse tal do 'seguir-em-frente'..

pra onde fugir quando

o que esta te matando está


dentro de você?

e eu que

achava que tinha sofrido o suficiente na minha vida,
mal sabia o que estava por vir.

a vida é uma surpresa

que pra mim, na maioria das vezes,


não é boa.

11-12-11

o dia em que,
a minha vida caiu

do decimo sexto andar


:'/

o susto foi tão grande

eu pude sentir seu desespero. ela correu de mim com todas as suas forças.
fugiu como se estivesse entre a vida e a morte,

eu sendo sua caçadora, ela, minha presa.

não sabia o que fazer, pedi para que ela esperasse
mas ela ficou traumatizada, me olhava em pânico, e continuava a correr.

ela se foi, e não disse para onde ia..
o que será de mim agora?
ouvi dizer que a única coisa que Deus quer da gente é ela..
então talvez seja por isso..



acho que não se tem muito o que fazer com uma pessoa sem alma não é?

e eu fiquei ali vendo a minha alma,

arrumar suas malas e partir.
queria pedir para que ela ficasse mas, acho que dessa vez foi demais.
fiquei chorando por dias seguidos, esperando que ela voltasse

eu ficava preocupada, e não parava de pensar "e se ela não souber voltar?" "e se ela estiver perdida por aí?"


ela se foi, e não foi só
levou consigo minha fome de viver



agora a vida me da náuseas..

e por mais que eu lute, não ha um só dia que eu não lembre.

um só dia que eu não chore. há dias que eu quase não choro e me orgulho. vou dormir cheia de esperanças de que um dia conseguirei. e no dia seguinte nunca é..




e logo eu que sempre fui forte.
e logo eu que sempre me achei inatingível.


virei a presa predileta da maior caçadora de corações do mundo.


a dor

então eu tentei mudar a estratégia.

eu não espero, eu não me decepciono e eu não sofro.

eu esperei que desse certo,
e esse foi meu erro.


porque a primeira mudança seria não esperar lembra?



droga..


esse é o pior inverno de todos

faz calor lá fora, e aqui,
aqui dentro, tá nevando e eu,
estou sem cobertor,
sem abraços, sem proteção.
eu não sei mais onde me aquecer e como,
eu olho você e, não tenho mais coragem de pedir abrigo.
fico na rua do meu eu, espiando pela janela do meu peito,
você lá no meu lugar mais quentinho, parece confortável..
eu só me encolho, me encolho,
e quase sumo.

talvez seja porisso que você não consiga mais me ver..

Não te tocar, não pedir um abraço, não pedir ajuda, não dizer que estou ferido, que quase morri, não dizer nada, fechar os olhos, ouvir o barulho do mar, fingindo dormir, que tudo está bem, os hematomas no plexo solar, o coração rasgado, tudo bem"
-só quem conhece de verdade sabe quem sentiu isso.

ela fica desse jeito.

empurrando coisas com a barriga, escondendo outras embaixo do tapete. acumulando copos na pia, e poeira encima dos moveis. há pilhas e pilhas de roupas para lavar e os lixos estão transbordando.
ela vai deixando as coisas acontecerem e acumularem.


mas até quando?