derrepente ela se vira

e caminha na direção oposta,
sabe que esta errada porque até mesmo
o vento lhe diz isso batendo no seu rosto,
empurrando as lágrimas,
exatamente como fazia com as gotas de chuva,
no vidro do carro,que ela tanto observara,
naquele dia,em que suas mãos tinham outras mãos.
mas agora suas mãos estavam vazias,e só.
e os mesmos dedos que antes tocavam o vidro,
e acompanhavam as gotas escorrerem,agora,
esfregam os olhos vermelhos,
impedem o percurso das gotas que saem,
e correm do olhos desesperadamente.
ela queria voltar.
ela parou,fechou os olhos,
e voltou



para as lembranças novamente.